Palestras, bate-papos, eventos: confira o que aconteceu no fim de junho na UNIFRAN

O final de junho foi cheio de atividades na UNIFRAN: conversa com a autora Aline Bei; evento sobre a importância da educação sexual; mesa-redonda sobre as experiências de promoção em […]

02/07/2020

O final de junho foi cheio de atividades na UNIFRAN: conversa com a autora Aline Bei; evento sobre a importância da educação sexual; mesa-redonda sobre as experiências de promoção em saúde no Chile; e ainda, discussão sobre a feminização nas favelas. Todos os eventos foram realizados on-line e tiveram a participação dos alunos e da comunidade.

A conversa com a Aline Bei foi sobre seu livro “O peso do pássaro morto” que retrata as consequências de uma violência sofrida na juventude, um livro que fala de dor, perdas, renúncias, mas também sobre recomeços. A Autora comentou sobre o processo de criação do livro, do amadurecimento da personagem, do cuidado com a escolha das palavras, também discutiu como suas experiências no teatro influenciaram sua obra e permitiu que ela construísse uma personagem profunda e humana. Os participantes ficaram muito impactados com a obra, e demonstraram grande interesse na leitura.

Esse evento envolveu o curso de Psicologia e o NEP-PS e foi realizado dia 17 de junho. Aline Bei é formada em Artes Cênicas e Letras, escritora, editora e colunista do site cultural “Oitava Arte”.  Ganhadora do Prêmio Toca e do Prêmio São Paulo de Literatura (2018) na categoria.

No dia 18 de junho, aconteceu o encontro “A importância da educação sexual na escola: implicações para uma cultura de paz”, a convidada Marina de Almeida Borges é assistente social e apresentou os resultados de sua dissertação. A conclusão de seu trabalho foi que a educação sexual na escola não tem uma abordagem ampla e honesta sobre o tema, o que pode fomentar uma cultura que vê e retrata todos aqueles que fogem a heteronormatividade, como indesejável. Isso gera, além de intolerância, ressentimentos, preconceitos e, em muitos casos, violência.

Marina Borges é Assistente Social e mestre pela UNESP de Franca, pesquisadora e palestrante na área de diversidade. No encontro ressaltou a importância da escola priorizar, na educação, a temática em sua totalidade, de forma honesta e ampla, para a construção de uma sociedade inclusiva, que garanta a todos os mesmos direitos estabelecidos na Constituição, de forma ética, humana e democrática.

Organizado pelas Profas. Cléria Bittar e Regina Beretta, o encontro faz parte de um conjunto de ações que envolvem tanto o PPG em Promoção de Saúde, como o Laboratório de Gênero, Diversidades e Inclusão (LABGENDII).

Já no dia 20 de junho, foi realizada a mesa-redonda “Universidades Promotoras de Saúde (UPS) – experiências do Chile e do Brasil”, outro evento realizado através do PPG em Promoção de Saúde também sob responsabilidade da Profa. Cléria Maria Lobo Bittar. O objetivo do evento foi apresentar as experiências das duas universidades do Brasil e Chile na área de promoção em saúde.

A convidada Dra. Larissa Brambatti trouxe a experiência da UNB – onde é docente, em ações no combate ao Covid-19 e a Me. Monica Rosales falou da experiência de formação da Rede Chilena de UPS e ainda trouxe exemplos de três universidades do país. Também participaram do evento pesquisadores e personalidades ligadas à promoção da saúde no cenário nacional.

Fechando as atividades do mês:

Dia 25 de junho, aconteceu a mesa-redonda “A feminização do poder nas favelas e periferias”. Participaram como convidadas a Dra. Nilza de Andrade Nunes que tem atuado na elaboração e gestão de projetos sociais, com ênfase na feminização do poder nas favelas e periferias e sujeitos coletivos; a Anazir de Oliveira (dona ZICA), ativista nos movimentos de mulheres – em especial mulheres negras e periféricas e Lucia Cabral, assistente social, coordenadora do EDUCAP (Espaço Democrático de União Convivência Aprendizagem e Prevenção).

Historicamente os espaços de tomada de decisão e de poder sempre foram de difícil acesso à permanência das mulheres. No entanto, na discussão trazida pelas participantes, foi apresentado que, desde as últimas décadas do século vinte, tem havido crescente feminização destes espaços, sobretudo entre as camadas mais populares, fruto de diferentes contextos, ativismo e movimentos de mulheres.

Estas lideranças femininas promovem a criação e o fortalecimento de parcerias, formando redes que possam promover e garantir o mínimo de condições de sobrevivência para muitos, e acesso aos direitos sociais de renda, saúde, assistência, educação, sempre ameaçados e escassos nestes lugares onde o Estado se faz omisso. O evento envolveu tanto o PPG em Promoção de Saúde, como o Laboratório de Gênero, Diversidades e Inclusão (LABGENDII).